A fabricante de minério de ferro da companhia de Benjamin Steinbruch buscará estrear na bolsa de valores com um valor de mercado entre R$ 47,5 bilhões e R$ 63 bilhões (Crédito: Reprodução/Site CSN)

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) bateu o martelo em relação ao preço e seguirá com a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua unidade de mineração. A fabricante de minério de ferro da companhia de Benjamin Steinbruch buscará estrear na bolsa de valores com um valor de mercado entre R$ 47,5 bilhões e R$ 63 bilhões. Inicialmente, a gigante esperava avaliação mínima de R$ 60 bilhões, mas o empresário aceitou reduzir o preço depois de interação com potenciais investidores, apurou o Estadão. A estreia na Bolsa brasileira está prevista para a segunda semana de fevereiro.
A oferta deverá girar R$ 5,3 bilhões (cerca de US$ 1 bilhão) e será apenas secundária, ou seja, com a CSN vendendo ações da sua subsidiária, disseram fontes. Com isso, os recursos provenientes do IPO irão para o caixa da CSN, que os utilizará exclusivamente para reduzir seu endividamento – uma demanda antiga do mercado. Ao fim de setembro, a dívida líquida superava os R$ 30 bilhões.

A subsidiária da CSN congrega duas minas: a Namisa e a famosa Casa de Pedra, produtora de um dos minérios de maior qualidade da região produtora. A companhia de Steinbruch possui quase 90% da CSN Mineração. Um consórcio asiático detém o restante.

O IPO será lançado oficialmente até o fim desta semana, momento em que será dado o pontapé para as reuniões formais de apresentação da companhia a investidores nacionais e estrangeiros. Para analistas, a oferta tende a ter boa demanda por conta do elevado preço do minério de ferro, atualmente ao redor de US$ 170 a tonelada.

A CSN já anunciou que estima que sua produção de minério cresça de 33 milhões de toneladas anuais, hoje, para nada menos do que 108 milhões, em 2033.

Já analistas do Credit Suisse, após participarem de viagem organizada pela companhia para conhecer Casa de Pedra, disseram que a CSN sinalizou entender que a redução das dívidas vem antes dos projetos de crescimento programados. O banco disse ainda, relatório, que a venda de ativos deverá ser o foco da companhia em 2021. Procurada, a CSN não comentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Leia mais em istoedinheiro 21/01/2021