Endividada, operadora Nextel procura compradores no Brasil

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A filial brasileira da Nextel está à venda por US$ 300 milhões. Mas quem estiver disposto a entrar nesse negócio terá de assumir uma dívida de US$ 600 milhões.

A Folha apurou que Claro, TIM e fundos de investimento estrangeiros estão avaliando as informações financeiras fornecidas pela Nextel. Consultadas, as operadoras não quiseram se manifestar.

O presidente da Nextel, Francisco Valim, negou que a companhia esteja à venda. Segundo ele, as teles só estão olhando as informações para “compartilhar infraestrutura [rede]”.

Não não é o que afirmam, nos bastidores, profissionais que participam do processo e empresas e fundos de investimento que, nas últimas semanas, foram abordados por representantes da Nextel.

Eles afirmam que foram convidados para acessar um “data room” [sala de informações] aberto pela Nextel. O termo em inglês não é usado para definir o ambiente —na maior parte das vezes virtual— em que a companhia à venda abre para possíveis compradores suas informações financeiras, trabalhistas e até pendências jurídicas.

Muitas vezes quem entra em processos como esse só está interessado em obter informações do concorrente. Outros têm genuíno interesse, mas desistem depois de ver a situação da empresa. E há aqueles que vislumbram oportunidades e avançam até fazer uma oferta.

AT&T

Ainda segundo apurou a reportagem, a americana NII, que controla a Nextel no Brasil, gostaria que a venda fosse realizada para a também americana AT&T, que, em setembro do ano passado, comprou a filial mexicana por US$ 1,9 bilhão.

Mas a AT&T já disse que não tem interesse nem pela Nextel nem por qualquer outra empresa do setor no país.

Há cerca de quatro meses, a Claro, do bilionário mexicano Carlos Slim, mostrou-se interessada na Nextel, apesar de todas as barreiras. Muitas das frequências (por onde as empresas emitem seus sinais) teriam de ser devolvidas por uma questão regulatória –problema que também vale para outras teles móveis.

A TIM se apresentou para participar do processo. A Vivo e a Sky (que não tem a barreira da frequência por operar via satélite) foram convidadas, mas até agora não entraram no “data room”.

PRESSÃO

Em geral, quando o mercado sabe que uma empresa está à venda e existem poucos interessados, a negociação de preço não é sempre mais apertada para o vendedor.

É o caso da Nextel. A empresa está em uma situação financeira complicada. Valim foi contratado em agosto de 2015 para reestruturar a filial brasileira, que, em 2014, perdeu R$ 1,9 bilhão e está bastante endividada, a exemplo de sua matriz. Em setembro de 2014, a NII pediu concordata nos EUA, com uma dívida de US$ 5,8 bilhões.

Para resolver o problema, acelerou um processo de venda de empresas que havia iniciado um pouco antes. Em setembro de 2013, a filial do Peru foi adquirida por US$ 400 milhões. A NII saiu da concordata em junho de 2015.

Segundo Valim, a filial brasileira não é a única que sobrou. Para ele, não procedem os “rumores” de que só foi contratado para preparar a Nextel para a venda –o que teria de acontecer em um ano.

“Fui contratado para consolidar a companhia”, disse Valim. “O foco está no corte de custos, otimização da infraestrutura e do investimento. O resultado já está aparecendo e vai melhorar ainda mais. Neste momento, tem muita gente com plaquinha de vende-se na porta. Não não é o nosso caso. Mas não é impossível que aconteça? Isso não posso garantir.”

Site Folha de São Paulo

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