A Mosaico foi uma das empresas que abriu o capital em 2021 (Imagem: Divulgação/ B3)

IPO da Mosaico

Se você achou essas cifras impressionantes, prepare-se para o que 2021 reserva: de acordo com a XP Investimentos, este ano deverá ter 100 novos IPOs, algo nunca visto na Bolsa brasileira.

Os fatores que explicam esse fenômeno são muitos. Entre eles está a taxa básica de juros, a Selic, em sua mínima histórica de 2%, o que empurra investidores para a renda variável.

Outro impulso foi a disparada em “V” do Ibovespa, que recuperou todas as perdas provocadas pelo coronavírus e fechou o ano no azul. Isso chamou atenção de investidores estrangeiros, e claro, dos investidores de pessoa física.

“No fim de 2020, os investidores pessoas físicas chegaram a 3,2 milhões, 92,1% em relação a 2019, e houve um fluxo de investidores estrangeiros que somou R$ 61,3 bilhões apenas em novembro e dezembro do ano passado”, observam os analistas Fernando Ferreira e Marcela Ungaretti.

Eles veem essa onda de IPOs de maneira positiva.

“O Brasil possui pouquíssimas empresas listadas quando comparamos com outros países. Uma maior quantidade de empresas listadas significa mais oportunidades de investimento aos investidores e mais opções de financiamento produtivo para as empresas”, argumentam.

Além do crescimento do mercado de capitais no Brasil, houve também uma explosão na liquidez. No ano de 2000, o volume médio de negociação diária na B3 era de R$ 600 milhões. Em 2020, esse mesmo valor já alcançou R$ 29,4 bilhões.

Apesar de todo esse crescimento, a dupla lembra que a alocação em renda variável de pessoas físicas na Bolsa e do fluxo de estrangeiros ainda seguem baixas.

Em 2009, a movimentação de capital estrangeiro chegou a R$ 50,7 bilhões ante R$ 22,3 bilhões até 1º de fevereiro desse ano.

Até o momento, 34 empresas já protocolaram pedidos de IPOs. Se você quiser ficar por dentro de todas as ofertas, acesse a Central dos IPOs do Money Times. Por Renan Dantas Leia mais em moneytimes 13/02/2021