Em novembro de 2016, o governo indiano anunciou a retirada de circulação das duas notas mais usadas no país, de 500 e de 1.000 rúpias (aproximadamente US$ 7,50 e US$ 15, na época). O objetivo declarado da medida era conter corrupção e financiamento de atividades terroristas, mas a realidade era um pouco mais complexa. A ideia era limitar a economia informal e, assim, aumentar a arrecadação de impostos.

Big Techs nas finanças

Em paralelo a esse choque econômico, o governo indiano lançou uma iniciativa batizada de UPI (sigla em inglês para interface universal de pagamentos). Trata-se de uma infraestrutura de pagamentos eletrônicos parecida com o Pix. Mas existe uma diferença essencial entre os dois projetos. No Brasil, o Pix ainda é uma ferramenta dos grandes bancos — o que pode mudar com o open banking, do qual falaremos mais adiante. Na Índia, o sistema abriu as portas para a entrada das big techs no mundo das finanças.

Com centenas de milhões de consumidores conectados em todo o mundo, empresas como Google e Facebook agora querem se tornar as primeiras fintechs verdadeiramente globais (Foto: )

A maioria dos indianos ainda faz negócios em cash, mas não por muito tempo, segundo um estudo da empresa americana ACI Payments. No ano passado, a Índia ultrapassou a China como o país com o maior número absoluto de pagamentos digitais. A ACI estima que em 2024 os meios digitais passarão de 50% das transações e, em 2025, chegarão a 72%. Quem as realiza? Empresas como Google, Amazon, Facebook e PhonePE, uma companhia local…. Leia mais em épocanegócios 23/08/2021..