Fundada no ano 2000 e com sede na capital paulista, a Bionexo tem uma plataforma que funciona como uma espécie de marketplace para compra e venda de medicamentos e outros produtos hospitalares. Oferece também solução de gestão de estoques e planejamento de compras.

Bionexo

A companhia afirma no prospecto preliminar da oferta enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que tinha no fim de 2020 cerca de 34 mil clientes, entre hospitais, operadoras de saúde, fornecedores e fabricantes de insumos médico-hospitalares de Brasil, Argentina, Colômbia e México.

No ano passado, a empresa teve receita líquida de 90,2 milhões de reais, aumento de 17,3% em relação a 2019.

Desde o final de 2018, tem entre os acionistas o fundo soberano de Cingapura Temasek. Outro grande sócio da empresa, o fundo Prisma Bazar, venderá uma fatia do negócio no IPO.

A oferta envolve também a venda de ações novas, cujos recursos irão para o caixa da Bionexo, que pretende usá-los para aquisições de outros negócios e para pesquisa e desenvolvimento.

A operação será coordenada por Itaú BBA, Bank of America, BTG Pactual e UBS-BB.

O anúncio mostra como o setor de saúde tem sido um dos mais prolíficos geradores de novas empresas para a bolsa brasileira, na esteira dos efeitos da pandemia da Covid-19.

Em fevereiro, os grupos hospitalares Mater Dei, Care Caledonia e o capixaba Kora Saúde também pediram registro para venderem ações pela primeira vez. Se concluírem seus planos, vão se juntar à Rede D’or São Luiz, que fez sua estreia no pregão em dezembro passado.

Na briga para ganhar escala num setor altamente fragmentado, essas empresas hospitalares vão competir com os grupos já listados como Hapvida e Notre Dame Intermédica, que estão negociando fusão.

Isso sem contar instituições que podem ser rivais indiretas, como as de diagnósticos médicos Fleury, Dasa, Alliar e Hermes Pardini… Leia mais em mixvale 01/03/2021