O ambiente de M&A se aqueceu muito nos últimos meses. Juntamente com as operações digamos “normais” de mercado, que envolvem movimentos de consolidação de determinados setores econômicos por investidores estratégicos, entrada de “players” estrangeiros no Brasil ou investimentos de Fundos de Venture Capital ou Private Equity, existe agora um volume grande de recursos apontado para operações de “distressed”, incluindo negociações com empresas em Recuperação Judicial e massas falidas.

Essas operações envolvendo ativos estressados obviamente ganharam muita relevância recentemente e ganharão ainda muito mais por conta dos efeitos da atual crise econômica, decorrente da pandemia do Covid-19.

CSA

São dois mundos distintos, com características muito peculiares, mas que acabam se juntando, ao menos dentro das gestoras, assessorias financeiras e escritórios de advocacia, para dar maior amplitude ao ambiente de M&A.

Com o otimismo que impera acerca da recuperação econômica (a despeito de todos os desafios fiscais), levando em conta que as vacinas viraram realidade e o desafio maior passou a ser logístico, somado aos juros baixíssimos, à abundância de recursos financeiros no mercado, à grande demanda por bons ativos mobiliários e imobiliários e à sensação de que existem boas oportunidades de negócios envolvendo ativos subavaliados em contextos complexos de reestruturação financeira, esse aquecimento parece ser natural e dá a nítida impressão de que pode e deve ser duradouro, a menos que as divergências políticas e a velha politicagem voltem a reverter as expectativas quanto aos caminhos que o Brasil deve trilhar para se recuperar bem e evoluir economicamente. ..Por Ricardo Chamon –  sócio-fundador do CSA Chamon Santana Advogados e especialista em Direito Empresarial Leia mais em estadao 02/02/2021